terça-feira, 25 de junho de 2013

"A viagem do elefante" de José Saramago

Sinopse


Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia.
Do facto histórico que foi essa oferta não abundam os testemunhos. Mas há alguns. Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação de ficcionista que já nos deu obras-primas como Memorial do Convento ou O Ano da Morte de Ricardo Reis, José Saramago coloca agora nas mãos dos leitores esta obra excecional que é A Viagem do Elefante.
Neste livro, escrito em condições de saúde muito precárias não sabemos o que mais admirar - o estilo pessoal do autor exercido ao nível das suas melhores obras; uma combinação de personagens reais e inventadas que nos faz viver simultaneamente na realidade e na ficção; um olhar sobre a humanidade em que a ironia e o sarcasmo, marcas da lucidez implacável do autor, se combinam com a compaixão solidária com que o autor observa as fraquezas humanas.

Escrita dez anos após a atribuição do Prémio Nobel, A Viagem do Elefante mostra-nos um Saramago em todo o seu esplendor literário.


Tertúlia em imagens

Ficam mais fotografias sobre a Tertúlia e sobre a nossa viagem pelo ensaio da peça teatral "A viagem do elefante".


Tertúlia on PhotoPeach

I Tertúlia da Biblioteca da Amizade 2013

A Biblioteca Escolar e o grupo do projeto Escola Promotora de Saúde organizaram a I Tertúlia da Biblioteca da Amizade, deste ano letivo, tendo como tema: Reciclar… Ideias, Leituras e Energias.
Assim, no passado dia 22 de junho, sábado, nove professores, duas assistentes operacionais encontraram-se para realizar a atividade. Iniciaram com a visita ao Museu Terras de Besteiros. Visitam a seguir uma Feira de Produtos Locais “Ao’ Sabor” que se realiza no 4º sábado de cada mês.
Em seguida, os participantes fizeram uma caminhada de cerca de seis km na Ecopista, animada pela partilha de divertidas conversas. A professora Susana, de Educação Musical que esteve a lecionar na EBFL à cerca de oito ano atrás, fez o favor de nos transportar de carro da Ecopista até Tonda para retemperar as forças.
O almoço com saborosos petiscos permitiu um saudável convívio entre todos, contando com a presença da professora Susana, dos seus filhos e da psicóloga, Teresa Queirós. A leitura e os livros estiverem presentes nas conversas e a professora Susana deu-nos a conhecer um trabalho que o grupo ACERT está a realizar, tendo por base a obra de José Saramago, a Viagem do Elefante. Esta, com as achegas dos seus filhos, fez a apresentação do livro. Em seguida, levou-nos até ao local onde os atores ensaiam a peça. Foi um privilégio assistir à encenação do espetáculo teatral de rua do Trigo Limpo Teatro ACERT em coprodução musical com Flor de Jara (Espanha). A digressão irá iniciar-se no dia 6 de julho em S. João da Pesqueira e irá terminar em Rivas-Vaciamadrid a 21 de setembro. Ficou o convite para assistir ao espetáculo em Tondela, no dia 7 de setembro.

        Foi um dia bem passado que agradou a todos. Aproveito para deixar aqui o agradecimento à nossa colega Susana.









segunda-feira, 24 de junho de 2013

Mia Couto vence Prémio Camões 2013

Mia Couto é o vencedor deste ano do Prémio Camões, o prémio mais importante da criação literária da língua portuguesa. O escritor moçambicano recebeu o prémio Camões 2013, no passado dia 11 de junho. A cerimónia ocorreu no Palácio de Queluz e contou com a presença de Cavaco Silva e da presidente do Brasil, Dilma Rousseff.
O  júri reuniu-se no Palácio Gustavo Capanema, sede do Centro Internacional do Livro e da Biblioteca Nacional. Do júri fizeram também parte, do lado de Portugal, a professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa Clara Crabbé Rocha (filha de Miguel Torga, o primeiro galardoado com o Prémio Camões, em 1989), os brasileiros Alcir Pécora, crítico e professor da Universidade de Campinas, e Alberto da Costa e Silva, embaixador e membro da Academia Brasileira de Letras, o escritor e professor universitário moçambicano João Paulo Borges Coelho e o escritor angolano José Eduardo Agualusa.
O júri justificou a distinção de Mia Couto tendo em conta a “vasta obra ficcional caracterizada pela inovação estilística e a profunda humanidade”.
O Prémio Camões foi criado em 1989 e atualmente com o valor monetário de cem mil euros e é o principal prémio destinado à literatura em língua portuguesa e consagra anualmente um autor que, pelo valor intrínseco da sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Oficina da Leitura e da Escrita

Os alunos que participaram na Oficina da Leitura e da Escrita (à quarta-feira, à tarde) realizaram um jogo de cartas que se encontra na Biblioteca da EBFL. Neste final de período alguns alunos ainda ocuparam os seus momentos de lazer a jogar ao "Memojogo". Este foi o nome que lhe foi atribuído.




Trabalhos do 5ºA em ebook

Publicamos aqui um ebook com alguns trabalhos escritos realizados pelos alunos do 5ºA ao longo deste ano letivo, nas aulas de Português.






Pontos da leitura


Concurso "Pontos da Leitura"

MELHOR LEITOR

Foram apurados as melhores leitoras do 3º Período

2º Ciclo- Cátia Pinto, nº5 do 6º A

        3º ciclo- Débora Almeida, nº3 do 8ºE

                                         Parabéns a todos os participantes!
 

domingo, 9 de junho de 2013

Entrevista à professora Rosa Quinteiro

Partilhamos aqui uma entrevista realizada pelos alunos do 5º A.


ENTREVISTA À PROFESSORA ROSA QUINTEIRO

Rosa Quinteiro é natural de Pedrosas e vive no Sátão. É professora de Português e Inglês na Escola Ferreira Lapa. Este ano publicou o livro EstrelaMar e Golfilhote.

O que a inspirou a escrever o livro EstrelaMar e Golfilhote?
O meu filho, foi o meu filho que me inspirou… Eu contava-lhe histórias e ele ouvia com muita atenção, então um dia, surgiu a história EstrelaMar e Golfilhote.

A personagem Golfilhote é inspirada no seu filho?
É. O Golfilhote é o meu filho.

Quanto tempo demorou a escrever o livro?
Um ano. O começo foi em 2004, depois esteve em banho-Maria durante esse tempo todo. No verão seguinte é que escrevi o resto da história, assim de repentão… escrevi-o num dia. O primeiro capítulo escrevi-o no verão de 2004 e os restantes capítulos foram todos escritos no verão de 2005.

Porque escolheu o professor Carlos Pais para ilustrar o seu livro?

Porque ele leu a história e quis ilustrá-la. Ele gostou da história, depois conversámos e aceitou o desafio de ilustrá-la. Disse-me que gostava muito de a ilustrar e eu também queria que fosse ele a ilustrá-la, foi assim…

Escreveu primeiro o livro à mão ou ao computador?
Primeiro foi tudo à mão, depois passei para o computador.

Como se sentiu quando viu o seu livro publicado?
Ai!...Senti-me muito feliz… Gostei muito do livro, achei que ele estava muito bonito, as ilustrações e os capítulos… Gostei de tudo! Senti-me muito bem!

Gosta de ler? E que género de livros?
Uiii! Adoro ler! É das coisas que mais gosto de fazer. O género que mais gosto de ler é romance histórico.

Essas leituras servem de inspiração para escrever um novo livro?
Talvez, também gosto de ler poesia e escrever poesia… Agora não sei… Vamos ver… Já tenho algumas coisas pensadas.

Muito obrigada pela entrevista.
Eu é que agradeço.


quarta-feira, 5 de junho de 2013

Apreciação crítica - trabalho de um aluno

Artigo de apreciação crítica de A Metamorfose

Gregor Samsa, um caixeiro-viajante, acorda, de manhã, transformado num gigantesco inseto. Não sabe como nem porquê. Aliás, nem sequer reflete muito acerca da sua transformação, resigna-se desde o primeiro instante em que, por capricho do destino, descobre que se havia transformado num ser com “inúmeras patas”. Só sabe que tinha de se levantar da cama (deveras difícil para ele) para ir trabalhar (não era habitual faltar ao dever), já que era o sutento de uma família constituída por si, por sua mãe, seu pai e sua irmã. Porém, a partir do momento em que os seus familiares constatam a sua mudança, Samsa passa a ser renegado por todos, inclusivamente pela irmã, Greta, que sempre o ajudara e apoiara nos tempos mais conturbados. Gregor, cada vez mais inseto (já não fala como humano), deixa, então, de ser um sustento, passando a ser um grande fardo para a sua família, ao qual repugna. Portanto, afastado pelos que lhe eram mais próximos, Samsa vive em reclusão no seu quarto até à morte.
            Uma das marcas mais preocupantes desta obra é, seguramente, a primeira frase: “Uma manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco inseto”. De facto, Kafka, o autor, prima por ser muito direto (o mesmo se constata nas primeiras páginas de O Processo), nunca enjeitando a possibilidade de, no princípio dos textos, resumir o ocorrido que dá início ao tema. Mais uma vez, o escritor trata o seu assunto predileto, que surge em quase todos os seus livros: o desespero do Homem face ao absurdo do mundo que, neste caso, ultrapassa o surrealismo.
            No entanto, o pormenor que mais me surpreendeu foi a reação (ou falta dela) de Samsa face à sua transformação. Como já referi previamente, a personagem principal não se revolta contra o sucedido. Não, resigna-se, quase nem medita sobre o assunto. O comportamento dos seus familiares também é surpreendente, pelos motivos errados, já que, para além de não o ajudarem a ultrapassar o problema, ainda o hostilizam, renegam-no, principalmente o seu pai (possivelmente Kafka baseou-se na figura paterna, com quem nunca teve uma relação muito afável).
            Independentemente de tudo, este livro, uma das obras-primas da literatura alemã do século XX, é perfeitamente aconselhável e interessante, pois possui uma linguagem acessível, não é muito longo e trata de um tema, bem ao estilo kafkiano, que é original e prende a atenção do leitor do princípio ao fim da história.


Fernando Martinho nº13 10ºD


domingo, 2 de junho de 2013

"O Rapaz de Bronze" - outro final

Final diferente...

             Florinda ficou a olhar o Rapaz de Bronze e, depois de muito pensar, disse: “Já estou a lembrar-me!Tu disseste-me para eu acreditar nas coisas que eu visse, mesmo que as outras pessoas dissessem que era mentira.”
            O Rapaz de Bronze virou-se para ela e alertou-a: “Vamos embora daqui, parece que a dona da casa está à tua procura e eu não posso ser visto a conversar contigo!” A Florinda despediu-se e foi para casa. 
            Ao acordar, antes de ir para a escola, Florinda passou pelo parque para falar com o Rapaz de Bronze.
            Rapaz de Bronze, sou eu a florinda! Mas ele não deu nenhum sinal nenhum de a estar a ouvir. Florinda pensou: “Será possivel, que estou ficar mais velha e ainda sonho com coisas absurdas como estas? Só pode ter sido um sonho, a minha mãe nunca me mandaria ir fazer um recado àquela hora da noite!”
            Florinda foi para a escola.Quando chegou a casa a mãe perguntou-lhe:
            Ontem entregaste os ovos?
            Quais ovos?
            – Os que eu te mandei entregar à cozinheira, ontem à noite! disse a mãe zangada.
            – Então, fui mesmo levar os ovos?!
            Não, foi o coelhinho da páscoa que pôs uns ovos no cesto e mandou-te ir levá-los à cozinheira!
            Nunca vi o coelhinho da páscoa! Ele pôe ovos?...
            Pois, nem era para veres, o coelhinho da páscoa só traz os ovos de chocolate e eu nunca te mandava ir levar ovos de chocolate à cozinheira. Estás bem, Florinda?
            Estou...mãe, preciso de ir fazer uma coisa!
             A Florinda correu até ao parque mas, como sempre, o Rapaz de Bronze estava imóvel. Florinda queria saber se, de facto, ele falava e mexia. Fez caretas, fez-lhe cócegas, cantou, dançou, saltou...mas, depois de tudo, só quando já era noite é que o Rapaz de Bronze  se levantou e disse:
            Olá, Florinda, tás boa?
            Sim e não!
            Sim e não, porquê?
            Tu não falas comigo, estás sempre imóvel, sempre na mesma posição!
            Já te disse que durante o dia sou estátua e só à  noite é que sou um rapaz!
            A Florinda pensou que ele devia estar tolinho ou então tinha apanhado demasiado sol...como é que ele podia ser homem e estátua?
            Florinda, em que é que tanto pensas tu?
            Não acredito, tu não és homem nem estátua, eu devo estar outra vez a sonhar...   
           Então se não acreditas em mim, faz o seguinte: todos os dias passas aqui no meu jardim, se eu tiver uma rosa no meu colo, pegas nela e leva-la para casa contigo. Esse é o meu sinal de que penso em ti todos os dias, sempre que me transformo em Rapaz.
            Florinda ficou calada e nada prometeu.
            Assim passaram muitos anos e a cada nova primavera, Florinda vinha até ao jardim. O Rapaz de Bronze tinha sempre uma rosa aos seus pés de bronze para Florinda.


Gabriela Lapa , 5º D, nº6


Trabalhos de alunos

               É com muito gosto que continuamos partilhar 
aqui os trabalhos de alunos.   
     
                                        As minhas leituras…

           Lá em casa há livros e revistas de BD, aventuras, enciclopédias e revistas de passatempos.
           Há dias em que  as brincadeiras e os amigos ocupam muito tempo e a leitura fica para trás.
           De facto leio pouco, mas quando leio, leio com vontade e entusiasmo.
          Foi através da Banda Desenhada, que é o tipo de texto que prefiro ler, que me entusiasmei mais nas  leituras;  o livro de banda desenhada que li com mais entusiasmo foi , «O Astérix e os Normandos».
         Na minha infância, o livro que mais me cativou e me marcou foi um livro chamado «O Guarda da Praia».
       Incontornáveis, para os miúdos da minha geração, são os livros da Sophia de Mello Breyner Andresen como: «A Menina do Mar» e o «Rapaz de Bronze», entre muitos.
            O livro com que me cruzei chamado: «O Guarda da Praia», foi o livro que li recentemente e do qual gostei muito.
            Outras leituras que muito me seduzem são os livros de histórias policiais e de desporto.
            A literatura que eu acho que desenvolve mais a imaginação é a poesia.
            Os meus pais dizem que devia ler mais vezes e ler livros apropriados para a minha idade.
         O livro que eu gostava de ler a seguir é um livro de Ana Maria Magalhães e de Isabel Alçada chamado «Uma Aventura na Casa Assombrada».
                                                                       
                                                                                                                        Gonçalo Dias, Nº 5, 5º E